Culpados e inocentes: uma demora de 14 anos a favor de Romero Jucá
Magistratura | Publicação em 08.02.18Chargista SponHolz

O Supremo deu, esta semana, mais um (mau) exemplo de sua ineficiência para julgar (e até mesmo absolver) políticos com foro privilegiado. Depois de 14 anos, a corte arquivou um inquérito que apurava se Romero Jucá recebeu propina em obras no seu Estado. O notório senador não foi considerado nem culpado, nem inocente – porque o caso prescreveu.
Os registros mostram que o acúmulo de trabalho no gabinete de Gilmar Mendes ajudou na cronologia que assou a pizza servida ao presidente do PMDB. Há mais dez inquéritos em tramitação contra ele.
Depois disso, Gilmar assumiu a presidência do STF e ainda aguardou, até setembro de 2011, para pautar a questão de ordem que levantou: ele propôs devolver o caso à primeira instância, mas foi derrotado na votação.
Durante os cinco anos em que foi retardado o inquérito, o calendário correu contra a investigação e ... a favor de Jucá. Para conferir, basta acessar a página de informações processuais do tribunal. (Inquérito nº 2.116).
A propósito
O senador roraimense ainda responde no STF a dez inquéritos e acredita que todos eles serão arquivados.
Há quem diga que sua nova profecia tem grandes chances de virar realidade.