
As notas do time da IVI “tipo as da ZH”
Jus Azul | Publicação em 08.05.18Charge de Gerson Kauer

Fico impressionado com as notas atribuídas aos jogadores na Zero Hora. E os atletas do adversário não aparecem. Lembro-me da nota 9 atribuída a Marcelo Grohe depois da defesa do século na Colômbia. A nota 10 não existe.
Maicon, depois dos dois gols e tudo o que fez na partida de domingo (6) contra o Santos, recebeu a nota 9. Artur recebeu 8. Sim, 8!
Lembro-me de um comentarista da Rádio Cruzeiro do Sul, de Itaqui (RS), 30 anos atrás, analisando o clássico 14 de Julho X 24 de Maio. Falou de João Carlos, meio-campista do 14: “Chuta bem, desarma com qualidade, tem visão de jogo, mas não é um bom jogador”. Bingo! Pois vou utilizar a mesma criteriologia da coluna de ZH que analisa os jogadores, ou seja, critério nenhum.
Chefe da Delegação da IVI – Pedro Ernesto. Vai de Seca à Meca. Usa o critério ciclotímico-desportivo. Da crítica arrasadora à exaltação suspeita. Claro: o objetivo é presentear ao Grêmio com sapatos de saltos altíssimos, para que tropece. Nota 6.
Nando Gros – Comanda a IVI do Centro. Seu esquema Losango Invertido fala por si só. Nota 5.
Hiltor Mombach – O blogueiro Ricardo Wortmann diz que a posição de Hiltor é goleiro. Mas ele tem levado alguns frangos, como a cisma com a expulsão do jogo Grêmio x Brasil de Pelotas. Nota 5.
Mauricio Saraiva – IVI cascudo. Sofre da mesma síndrome de Pedro Ernesto. Ciclotimismo desportivo. Vai até o limite da crítica. Dá errado. E volta elogiando euforicamente ao Grêmio. Por ficar muito na vista esse seu ciclotimismo, a nota é apenas 6. Por isonomia.
Zini Glu Glu - Só pensa no futebol inglês e na divulgação da carreira de Alisson (ex-Inter). Todos os dias tem de demonstrar o contrário do que é. Farda-se de vermelho. Pelo seu daltonismo futebolístico e sua ambiguidade clubística, nota 5. Não vem jogando bem.
Diogo Olivier - Sofre da síndrome João Carlos, volante do 14 de Julho, de Itaqui. Mas é o pensador do time da IVI. Não fosse por nada, até hoje foi o único quem entendeu o Losango Invertido, antes de Nando trocar de IVI. Nota 6, mas ganha mais um ponto por ter destroçado a tese texana de Justo Guerra, explicada na sequência.
Justo Guerra - Está em baixa, porque sua tese principal foi derrotada: “Arthur e Maicon não podem jogar juntos”. Corre o risco de ser substituído no segundo tempo. Como D´Alessandro. Diogo Olivier foi arrasador. Justo deve estar se sentindo como o Cerro Portenho e o Santos: olé! Nota 3 para Justo. Seria 4, mas Diogo lhe tirou 1 ponto.
Capitão Reche - Esse é pifador. Joga em todas. Até mudou de posição. Tentou tirar a chefia de Pedro Ernesto na delegação da IVI. Seu temperamento põe fogo no vestiário. É o D´Alessandro da crônica. Isso pode ser bom e pode ser ruim. Vinha bem, mas as imagens do jogo Grêmio x Brasil e seu olhar tristonho e melancólico vendo o Grêmio meter 4 lhe tiraram muitos pontos. Aqui o leitor atribui a nota.
Rogério Boelke - Vem crescendo. Historiador da IVI. É quem tem mais fair play. Não dá cabeçada como o Harry Potker. Vai ocupar o lugar de muita gente. Neste momento, é o único que, junto com Diogo Olivier, passa de ano. Nota 7.
Leonardo Oliveira - Substituto de Pedro Ernesto. Perdeu muitos pontos quando fez aquela volta de 350 caracteres para dizer que o técnico do Cerro 5x0 fora companheiro de D´Alessandro. Quis colocar uma pulga atrás da orelha do torcedor gremista. Afinal, se o técnico do Cerro foi companheiro de D´Ale, isso pega por osmose futebolística. Ah, bom. Aqui a nota é 4,5.
Ainda poderia falar de Leandro Behs, que – conta-me a Corneta do RW - ficou traumatizado depois dos 3x1 do Tigres. Está no DMI (departamento médico da IVI). Tem entrado só no finalzinho. A volta pode demorar. Sem nota.
Diori Vasconcelos - Fica para outro departamento: a CIA, que congrega também Marcio Chagas. Vou ocupar-me sobre os desempenhos deles em um dos meus próximos textos, aqui na Jus Azul. Sempre às terças-feiras no Espaço Vital.
Talvez para a próxima semana...