A torcida para que o gaúcho Rossal chegue a ministro do TST
Magistratura | Publicação em 05.04.19Comunicação Social TRT-4
O Tribunal Superior do Trabalho definiu na quarta-feira (3) a lista tríplice de candidatos para a vaga aberta com a aposentadoria da ministra Maria de Assis Calsing. Foram escolhidos o gaúcho Francisco Rossal de Araújo (do TRT da 4ª Região), o paulista Wilson Fernandes e o carioca Evandro Valadão. Os candidatos foram 15 e os votos, secretos.
A nominata vai agora a Jair Bolsonaro, que indicará um para a vaga, passando depois pela formal sabatina no Senado, antes da nomeação.
O TST teve que fazer quatro escrutínios. Com a votação sempre empatada em 13 a 13, a definição da ordem foi por antiguidade dos candidatos.
A rádio-corredor do TST logo pontuou: “A nossa Corte está dividida entre ministros de esquerda e ministros mais ao centro ou à direita”.
O Espaço Vital complementa: o racha começou durante as discussões sobre a constitucionalidade da terceirização e depois se aprofundou com a reforma trabalhista. É difícil prever o que Bolsonaro fará, de posse da lista.
Frases irreprimíveis
Ontem (4), quando começou a repercutir no RS a inclusão do nome do alegretense Francisco Rossal na lista tríplice, o Espaço Vital pediu a 20 advogados militantes na Justiça do Trabalho que, resumidamente, sintetizassem o conceito do referido magistrado na classe advocatícia.
O editor do saite se comprometeu a não veicular os nomes dos missivistas.
Chegaram 17 das esperadas duas dezenas de respostas. Quinze contêm elogios com frases tipo “O mais preparado do TRT-4”, “Formação consistente”, “Excelente professor”, “Muito inteligente”, “Ingressou jovem na Justiça do Trabalho, inicialmente como servidor”, “Sem dúvidas, para o TST o melhor do trio”, “Um juiz justo”, “Fará bem ao TST”, “Lúcido sempre, não profere decisões carimbadas”.
E por aí, algumas falas quase se igualando.
Duas respostas, porém, destoaram criticamente do contexto acima. Vale lembrar, no ponto, um pensamento de Nelson Rodrigues, o genial escritor brasileiro que tem as mais contundentes tiradas da crônica brasileira: “Toda a unanimidade é burra. E quem pensa com a unanimidade não precisa pensar”.
Em síntese, como disse um ligado estatístico, no final da quinta-feira: “Parece que 88% dos gaúchos estão torcendo por Rossal”.
Que assim seja!