
Algumas coisas do que se viu, ouviu e leu sobre o assassinato no Carrefour
Publicação em 24.11.20Chargista Duke - www.DomTotal.com

- “O dia mais triste”…
Em nota em que comenta o assassinato ocorrido em sua unidade Passo d´ Areia, em Porto Alegre, a matriz francesa do Carrefour afirmou que o “20 de novembro foi o dia mais triste da história da empresa”.
E seguiu com a verborragia: “Palavras não expressarão nossa angústia com a brutalidade. Daremos todo o apoio à família de João Alberto Silveira Freitas e, em respeito a ele, nossa loja de Passo D’Areia fechou na sexta (20) e permaneceu fechada no sábado (21)”.
Pessoas isentas sabem que o cautelar fechamento da loja - que se estendeu pelos dias seguintes - teve outro motivo: proteger o patrimônio e conter o rastilho das manifestações.
- “Indignação” atrasada
O brasileiro Abílio Diniz - ex-dono do Pão de Açúcar e atualmente o terceiro maior acionista do Carrefour global (detentor de 10% das ações com direito a voto) e integrante do conselho de administração da empresa na França - também se pronunciou sobre o assassinato.
Avaliou que “o que aconteceu em Porto Alegre foi terrível e me deixou profundamente triste e indignado”.
- “Me engana, que eu gosto”...
Sediado em São Paulo (SP), o Grupo Vector - cujos empregados Magno Braz Borges e Geovani Gaspar da Silva foram os
brutais assassinos de João Alberto - anuncia em seu portal na internet que “com 25 anos de atuação, age com toda a estrutura e solidez de uma das empresas líderes no segmento de segurança, selecionando criteriosamente os colaboradores.
Também garante que “todos passam por treinamentos periódicos de qualificação”.
Pelos dicionários, vector significa “bom condutor, portador”... A Vector também diz que seus valores são “comprometimento, seriedade, profissionalismo, companheirismo, honestidade, idoneidade, perfeccionismo, confiabilidade e superação constante”.
Só não disse onde estes substantivos são praticados.
Seguramente, em Porto Alegre não são.
- A queda das ações do Carrefour
Na sexta-feira (20) - quando pouco ainda se sabia sobre a violência da véspera, as ações do Carrefour fecharam em
ligeira alta. Ontem o cenário mudou.
O mercado financeiro parece ter acordado para problemas decorrentes do crime afetarem a empresa. Nesta segunda-feira (23) os papéis do Carrefour caíram 4,76% na B3.
Foi a maior queda dentre todas as ações listadas na Bolsa de São Paulo. Entrementes, o Ibovespa operou em alta de 1,1%.