
Afinal, o remédio mais caro do mundo é o Zolgensma
Publicação em 30.03.21Imagem ICTQ

- É caríssimo, mas não tanto...
Lembram da nota, publicada pelo Espaço Vital sobre “Remédio de 12 milhões” mencionado em decisão do TRT da Paraíba? O julgado ordenou que a Caixa Saúde complemente o valor de um medicamento de alto custo, destinado ao filho de um funcionário da Caixa Econômica Federal.
Beneficiário do plano, o pai do menino portador de atrofia muscular espinhal (AME) ingressou com a ação, ante a negativa de custeio da dinheirama. O fármaco seria o risdiplam, produzido pela farmacêutica Roche sob o nome comercial Evrysdi.
Pois, os Laboratórios Roche enviaram nota para informar que “o medicamento Evrysdi (risdiplam), de nossa fabricação, não está envolvido na situação citada na matéria”.
E acrescenta: “O Evrysdi é indicado para o tratamento de atrofia muscular espinhal (AME) e recebeu aprovação regulatória no Brasil em 13 de outubro de 2020. O valor do medicamento foi fixado em R$ 42.066,21 pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (valor sem a incidência de impostos)”.
- É caro mesmo!
Novas informações esclareceram que o medicamento da causa paraibana é o Zolgensma, também usado para tratar crianças com atrofia muscular espinhal (AME) e que já recebeu registro da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), permitindo que seja comercializado no Brasil.
Seria o medicamento mais caro vendido no Brasil, em todos os tempos: 2,12 milhões de dólares, o equivalente a cerca de R$ 11,5 milhões de reais.
Produzido pela suíça Novartis, o Zolgensma promete neutralizar em crianças de até dois anos os efeitos da atrofia muscular espinhal, doença rara que pode causar a morte antes dessa idade. Até 2017, a AME não tinha tratamento no Brasil.
- O negócio da morte
Dados da Associação Brasileira de Empresas Funerárias revelam que, até dezembro de 2019 - isto é, antes da pandemia - o setor fabricava, em média, 100 mil caixões por mês.
A média mensal de 2020 foi de 140 mil.
- Senso com ´s´
Os melhores dicionários definem bom senso como “característica de raciocínio sensato; capacidade de julgar; juízo, percepção”.
A seu turno, o vice-presidente Hamilton Mourão declarou no fim-de-semana que “o número de mortos por Covid-19 no Brasil ultrapassou o limite do bom senso”.
Ficou a dúvida: qual o limite do bom senso na contagem de mortos na pandemia?
- A festa do Poder
A festa de aniversário do governador em exercício do Rio, Cláudio Castro (PSC) rolou no domingo (28) num condomínio de Itaipava (RJ). Eram 12 automóveis na porta. Os convidados tiveram que deixar os celulares em um armário; só pegavam na saída.
Em nota oficial – ante o estrilo da vizinhança e os registros da imprensa - a assessoria do político informou que o almoço foi restrito à família.
E também que “quatro dos carros eram da segurança do governador”.
Ué, tudo isso?... Força do Poder, ou poder da força?
- E o gato fugiu...
Na sexta passada, a família do ex-juiz e governador afastado Wilson Witzel (PSC) sofreu para recuperar um gato da família, pelo dourado com branco, que sempre dormia na janela do imóvel residencial. De repente, foi parar num vizinho.
A esposa Helena Witzel partiu para o resgate; saiu de casa acompanhada por dois seguranças e pediu licença à vizinhança. Mas o gato não queria voltar e, aos saltos, escapuliu para a rua.
Não fosse um dos agentes, a operação teria falhado. Aprisionado, o felino não teve outra opção: voltou. E ficará fechado.
(Nada a ver com o projeto de lei que pretende proteger caninos e felinos).